Homenagem a Sobrevivência

Foto:defesaaereanaval.com.br

Essa é uma homenagem simples aos meus amigos que tive o prazer de conviver por longos 4 anos.

Homenagem a Sobrevivência

Vou contar pra vocês

Algumas experiências

Um período que passei

No setor de sobrevivência

Depois de um desentendimento

No setor anterior

Fui parar na sobrevivência

Pra ser mais um instrutor

Pela primeira vez aconteceu

E na história vai ficar

Um instrutor de sobrevivência

Que não sabe nadar

Chegando lá encontrei

Cabeça como supervisor

Tinha Carlos o fanho

Véi do rio meu professor

Fábio o urso peludo

Bené o pangaré peidão

Macahyba olho de mamute

Fonoclama o cansanção

Rosinei o grande chora

Viana com problemas na cabeça

Ferreira o espinha de peixe

Pra tudo fazia queixa

Robson era o Binho

Vailson o grande Vavá

Kilson o intrometido

Pois não sabia voar

Tinha o grande revoltado

O querido Pachecão

Cambiou para o utepas

Na primeira ocasião

Logo que lá cheguei

Comecei a me entrosar

Com Bené e Macahyba

Formamos o trio panamá

Tinha aula de primeiros socorros

Os passos eram aferidos

Aula de alimentos vegetais

Por mim e Fábio inseridos

Na lagoa tinha pernoite

Com exercícios e resgate

Na piscina tinha o módulo

Submerso e escape

Fábio Viana e Rossi

Eram os mais empolgados

Gostavam de fazer cursos

Pra ficarem bem preparados

Em um desses cursos

Levaram o espinha Ferreira

Que no curso ficou reprovado

Mas neles deu uma rasteira

O único que se deu bem

Com a garota da cidade

Todos queriam pegar

Mas só ele teve oportunidade

Tinha o boteco lá da área

Que eu sempre ia com o peidão

Tomar oitenta e oito

Com cajá e limão

O nosso véi do rio

Da sbv era o precursor

Quando encontrava dona Maria

Essa ficava cheia de amor

Ele por ter três pernas

Tinha um banco preparado

Um banco feito de caixotes

Pra ele adaptado

O nosso trio panamá

Era bem sintonizado

Para bem representá-los

Tinha um símbolo no cajado

O nosso líder cabeça

Metido à cinegrafista

Filmava os nossos eventos

Deixando todos na pista

Tinha sempre uma desculpa

Um papo furado sagaz

Filmou o filho do fanho criança

Hoje já é um rapaz

Ele tinha uma grua

Por ele adaptado

Nunca vimos suas filmagens

Deve está sendo editado

Bené o nosso cozinheiro

Comia peixe todo dia

Peidava muito fedorento

Era uma bomba que explodia

Viana com seus problemas

Sua cabeça vivia a doer

Decidiu ir pra Manaus

Pros seus problemas esquecer

O grande Binho como sempre

Eficaz e pontual

Sempre estava com a gente

Ajudando-nos dando moral

O Carlos não parava quieto

Só pensava em dinheiro

Navio São Paulo e São Pedro

Era assim o tempo inteiro

O querido cansanção

Gritava ao falar

Como um tiro de canhão

O nosso amigo Fonoclama

Rossi o homem armadilha

Prá cipó era o campeão

Também atleta corredor

Dizia ter sido da seleção

O Vavá era calado

Falava na hora exata

O cabeça orientador

Conhecia o mistério das cartas

Falar de mim é inexpressivo

Fui uma figura apagada

Passei sem deixar rastros

Nada ficou marcado

Bem, amigos sobreviventes.

Eis aqui minha pequena homenagem

Aos queridos companheiros

De muita luta e coragem

Hoje carrego na lembrança

Esses momentos ali vividos

Que me fizeram crescer

E como homem aprendido.

Uma abraço a todos do amigo Naná.

AUTOR: JOABNASCIMENTO

DATA: 18/01/16

Recanto das Letras: JOABNASCIMENTO

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