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segunda-feira, 30 de maio de 2016

Meu Encanto

Foto:lovefun.ir

Meu Encanto

Você é meu encanto
Arco íris multicor
O olhar mostra um tanto
Meu oásis de amor

Meu travesseiro ao deitar
Dos lábios o meu sorriso
Minha luz ao acordar
A paz que eu preciso

Minha luz na escuridão
Fortaleza da minha vida
Meu elo de união
Minha musa pretendida

O suor da minha luta
O descanso do lutador
Da arvore você é a fruta
Do riso você é o humor

Da distancia és a saudade
A ponte da travessia
A palavra da verdade
Do sonho a fantasia

Nos momentos mais difíceis
É o meu sinto de segurança
Soluções quase impossíveis
Você me traz só esperança

Vejo-te na escuridão
Sinto-te até dormente
Declaro minha paixão
Te desejo para sempre

Desejo de criança
Objetivo alcançado
Da saudade é a lembrança
Um ser por mim amado

Arquitetura divina
Objeto de desejo
Inocência de menina
Amor que sempre cortejo

É assim que me encanta
Com seu sorriso aberto
Seu olhar abrilhanta
Quero você sempre por perto.

Autor: JOABNASCIMENTO
Data: 06/08/13
Recanto das letras: joabnascimento
Blog: joaobnascimento55.blogspot.com
Twitter: @ljoao batista













sábado, 28 de maio de 2016

Coitado Do Esquecimento

Imagem: youtube.com

Coitado Do Esquecimento

Pra tudo há desculpas
Só não existe pra morte
Depois fica reclamando
Que foi azar não tem sorte
A vida é muito curta
Devemos ter nosso norte

Mil desculpas esfarrapadas
Pra mentira disfarçar
Mas quando é do interesse
Não precisa nem lembrar
A mente logo funciona
Não precisa nem cobrar

Dormir na internet
Diz que está estudando
Acordar cedo pra estudar
O relógio não tá despertando
E assim o tempo passa
E a vida vai passando

Tarefas do dia a dia
Pra ajudar um pouco
Não adianta me pedir
Meus ouvidos estão moucos
Lavar e cozinhar
Nem pensar, tá louco?

Apagar a luz, arrumar o quarto.
Espera só um momento
Vou ficar um pouco na cama
Meu corpo está sedento
Guardar comida, limpar o fogão.
A culpa é do esquecimento
  
Ventilador e televisão
Sempre esquece que ligou
Roupa suja e calcinha
Onde ficar ficou
Tira algo do seu lugar
Não repõe onde pegou

Ser o centro das atenções
Este é seu modo de ser
Ser notada por todos
Só me faz envaidecer
Líder de tudo e de todos
Suas vontades faz prevalecer

Eu quero, eu posso, eu mereço.
Verbo que sabe conjugar
Não sei, não posso, não quero.
Sempre a lhe acompanhar
Espera, já vou, me aguarde.
E nada de se apresentar

Tarefas da escola
Muita calma, nem pensar.
Ler revista e gibi
Isso sim me faz interessar
A rapidez é tremenda
Quando tem que passear

Mil disfarces são usados
Cada um no seu momento
Febre dor e calafrios
Servem como passatempo
Chora, dói aqui e adoece.
A culpa é do esquecimento

Atriz que interpreta
Cada cena a mais bela
É uma artista preparada
Pra cinema ou novela
Só falta mesmo plateia
Pra todos aplaudirem ela

Coitado do esquecimento
É ele sempre o culpado
Não tem direito a desculpa
Sofre quieto calado
É responsável direto
Por tudo o que é errado

Dizem que a culpa de tudo
É da tal globalização
Desculpas esfarrapadas
Pra não perder a razão
Não devemos esquecer
A responsabilidade da criação

Somos todos responsáveis
Por tudo o que fazemos
Se plantarmos flores
Serão flores que colhemos
No futuro precisamos
Daquilo que esquecemos

Não temos sempre do lado
Mamãe, vovô e vovó
Devemos aprender logo
A caminhar sempre só
Pois o mundo cobra muito
Sem piedade e sem dó

Mas a vida é assim
Não devemos reclamar
Deus nos deu a missão
De reproduzir e criar
Pois somos os responsáveis
Pra criar e educar

Tudo que aqui escrevi
Espero que sirva de alerta
O mundo tem muitas portas
E todas estão sempre abertas
Devemos ter o cuidado
Pra abrir a porta certa
  
Tem as que precisam de chave
Outras apenas encostadas
Bem facinho de entrar
Passagem facilitada
Devemos ter que avaliar
Qual delas é a melhor entrada.

AUTOR: JOABNASCIMENTO
DATA: 15/04/12
Recanto das Letras: JOABNASCIMENTO
Blog: joaobnascimento55.blogspot.com
Twitter: @ljoao batista



quinta-feira, 26 de maio de 2016

Tipos De Cachaça

Foto:brasil247.com

Tipos De Cachaça

Tem cada nome de cachaça
Pra todos os tipos e gostos
Tem umas bem sugestivas
E outras que fazem desgosto
Deixam teus olhos enviesados
Faz ficar vermelho teu rosto

Se você não tiver cuidado
E na bunda for tomar
Junto com o pau dentro
Fica de bunda pro ar
À toa vendo navios
Sem ver a banda passar

Se você for sem vergonha
Pega logo a peladinha
Com certeza chora no pau
Toma tudo dando risadinha
Ainda reclama do tamanho
Achando bem pequeninha

Atrás do saco ou na xoxota
Xixi de virgem ou periquita
Se conseguir, abaixa o pau.
Com rapariga na quinta
Aí sim você dar cinco
Sem dar sossego e guarida

Você balança mas não cai
Nem com macumba ou cacetada
Na maior cara de pau
Bebe o leite da mulher amada
Chupa até o caroço
E depois dá uma mamada

Cura veado e corno manso
Controla corno que tá na hora
Se unir com a diabólica
Tomba carro sem demora
Fica forte que nem touro
Pede o troco e vai embora
  
Se tomar uísque de pobre
Ou bafo de onça com limão
Pinga gay agora é
A cristalina do picão
Se você não tiver cuidado
Ainda sai de pau na mão

Desculpem-me a Ypióca
Cinquenta e um e sapupara
Pitu e oitenta e oito
As outras são joias raras
Com esse líquido saboroso
Você perde o pau de arara

Tem-se alguma que não conheço
E aqui não falei o nome
Saia agora de fininho
Ou então vire lobisomem
Entre no primeiro barzinho
Abra um litro e o consome


AUTOR: JOABNASCIMENTO
DATA: 14/08/15
Recanto das Letras: JOABNASCIMENTO
Blog: joaobnascimento55.blogspot.com
Twitter: @ljoaobatista



terça-feira, 24 de maio de 2016

Tempestade

Foto:ibtimes.com

Tempestade

A vida é muito curta
Não tenho tempo a perder
Tudo passa muito rápido
Não dá tempo perceber
Caminho em direção ao futuro
Na vida não tenho nada a temer

Os obstáculos pelos caminhos
Ultrapasso com dificuldade
Com garra e determinação
Muita força de vontade
Caminhando sempre sozinho
Enfrentando as tempestades

Cabeça erguida olhar firme
Passos retos destemidos
Sempre seguindo em frente
Sem ter medo do perigo
Pensamentos de coragem
Esquecendo o tempo perdido

Consciente do que faço
Atuando com tranquilidade
Analisando prós e contras
Tenho essa liberdade
Agir com raiva é o mesmo
Que içar a vela na tempestade

Andar sempre na direção certa
O futuro é o ponto de chegada
Sem pressa, mas com firmeza.
Nunca recue por nada
Retroceder com certeza jamais
Sigo em frente nessa jornada

Deus fez as tempestades
Pra gente ultrapassar e vencer
Não parar e recuar
Nos obstáculos que aparecer
As estradas com espinhos
Só fazem você crescer

Quanto maior for a tempestade
Menor será sua duração
Quanto maior for minha dúvida
Menos sucesso maior decepção
Sempre depois de uma tempestade
Vem à calma, a mansidão.

O homem que tem dúvida
Vive com medo de arriscar
Sem dar um passo adiante
E nem sair do lugar
Permanece estacionado
Não sai de casa pra lutar

Devemos sempre acreditar
No poder infinito de deus
Ele não está na tempestade
Mas na brisa que ele nos deu
Confiando no nosso pai
Todos somos filhos seu

Nas nossas noites de tempestades
Esperamos sempre um dia enluarado
O sol nos aquecendo a brilhar
Corpos firmes revitalizados
Prontos para novo combate
Pois esse foi ultrapassado

Assim eu caminho sempre adiante
Sem querer olhar pra trás
Ultrapassando as tempestades
Com uma fome voraz
Vencendo as dificuldades
A vitória só me satisfaz

Quando essa tempestade passar
Eu vou querer estar
Tranquilo com meus pensamentos
Descansando o corpo cansado
Bem vivido calejado
Só paz sem sofrimento.

AUTOR: JOABNASCIMENTO
DATA: 12/03/15
Recanto das Letras: JOABNASCIMENTO
Blog: joaobnascimento55.blogspot.com
Twitter: @ljoao batista

segunda-feira, 23 de maio de 2016

Madrugada Fria

Foto:lagoinha.com

Madrugada Fria

Madrugada fria de inverno, mês de julho, a neblina encobria todo o tempo; a visibilidade era mínima, não chegava a um metro de distância, o silêncio era cortado somente pelo silvar forte do vento a passar em alta velocidade, com muita pressa, como se fugisse de alguma coisa, o abandono que imperava, tomava conta das ruas desertas e tristes em tom cinza, dava uma sensação fúnebre de medo, naquela madrugada triste, na região central da cidade metropolitana de Nova Iguaçu, rio de janeiro, conhecida como baixada fluminense.
Nesse instante, o sanfoneiro acabava de tocar os últimos acordes de um forró gostoso, que embalava os dançarinos e boêmios que buscavam um pouco de alegria e diversão, naquele fim de semana gelado. No interior do estabelecimento, encontravam-se dois amigos inseparáveis, um considerava o outro como irmão, estavam a saborear os últimos goles de uma cerveja bem gelada, degustando um pouco do tira gosto que ainda restava em um prato, e já se preparando para sair.
Os dois estavam bem vestidos, calças compridas jeans, camisas polos, sapatos e jaquetas caras, relógios e pulseiras de marcas bem conhecidas, de longe já dava pra perceber que eram pessoas de bem, com antecedentes dignos e com uma situação financeira estável. Ainda conversavam sobre as aventuras e desventuras da noite, os lucros e perdas da caçada, pois, os mesmos se intitulavam bons caçadores de novo amor, novas aventuras; todo fim de semana, lá estavam eles em busca de novas amizades e conquistas. O mais velho era alto, magro, um rosto agradável, bem produzido, recém-chegado da Europa, onde esteve por algum tempo, fazendo curso de atualização profissional na Itália, vestia uma jaqueta de couro, peça rara no vestuário brasileiro e que justamente naquele dia, vestia pela primeira vez. O outro era mais baixo, moreno, com traços e feições indígenas, também estava bem produzido, era mais novo, porém com uma bagagem de vida muito considerável, ambos eram funcionários de uma grande estatal da área da aviação civil.
Ao saborearem o último gole daquela cerveja gelada, resolveram sair, até porque eram os últimos clientes que ainda encontravam-se no estabelecimento.
 Ao cruzarem a porta da rua e se deparam com aquele cenário fúnebre gelado, sentiram o corpo todo congelar, tamanho era a velocidade do vento batendo de encontro aos seus corpos. Caminharam alguns passos em direção ao carro, recém-comprado, que estava estacionado logo adiante, quando de repente ouviram um murmúrio vindo da escuridão; os dois, ao mesmo tempo se entreolharam e viram a poucos metros, um homem caído, a gemer e tremer, parecia alguém com sintomas de mal de Parkinson, mas, na realidade, era o frio que no momento congelava implacavelmente seu corpo, no momento protegido apenas por algumas folhas de jornais e papelões. Seus restos de dentes batiam um ao outro, como um badalar de sinos a tocar, convocando os fiéis para uma nova missa, seu corpo já enrijecido, mesmo assim, tremia sem cessar, e a cada segundo um gemido abafado saía da sua garganta, como uma súplica, um pedido de ajuda pra salvar a sua vida.
Os dois amigos vendo aquela cena tão triste, mais uma vez como se fossem automáticos, se entreolharam e o mais alto tirou imediatamente seu casaco raro de couro, que acabara de inaugurar, e encobriu aquele corpo quase desfalecido, todo sujo, amenizando de imediato, um pouco do seu sofrimento.
O amigo surpreso com a atitude do outro, o recriminou, pois, ele não deveria ter feito aquilo, se desfazer de um casaco tão raro e caro, só pra proteger um simples mendigo, que ele nem o conhecia, e que também, o primeiro transeunte que passasse, tomaria de posse o casaco e o levaria consigo. Nesse intervalo de recriminação, eles chegaram ao carro, entraram e tranquilamente o amigo caridoso respondeu-lhe: meu irmão e amigo, eu só quero apenas chegar em casa e poder dormir com a minha consciência tranquila de ter podido aliviar a dor de um irmão, tão humano quanto nós, não quero jamais, amanhã ao acordar, ler nos jornais a notícia de que mais um mendigo foi encontrado morto na noite pelo frio, e eu, com a consciência pesada, pois, poderia ter feito algo para que isso não tivesse acontecido e não fiz. Não fiz por causa do egoísmo e por estar apegado a bens materialistas. Casaco, um dia eu posso comprar outro até melhor. O amigo abaixou a cabeça e pediu desculpas, pois, no seu interior ele compreendeu o quanto era materialista e egoísta.
O silêncio imperou até chegarem em suas casas e poderem dormir em paz. Pra um, ficou a atitude, a paz do dever cumprido, pro outro, um grande aprendizado e a certeza que ainda teria muito que se melhorar.
Esse exemplo de atitude, só serve pra nos ensinar que independente do credo, filosofia, nível social ou religião, a verdadeira caridade é aquela que é feita com amor, sempre pensando no bem, sem olhar a quem, aquela que é desprovida de todo aparato material. Então façamos nossa parte, o resto o senhor se responsabiliza. Um grande abraço.

AUTOR: JOABNASCIMENTO
DATA: 10/08/15
Recanto das Letras: JOABNASCIMENTO
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Twitter: @ljoaobatista

domingo, 22 de maio de 2016

Maria Madalena

Foto:sambarazzo.com.br

Maria Madalena

Maria Madalena
Dos anzóis pereira
Moça nova e bonita
Alegre e brejeira
Diga-me quantas pregas
Tem nas suas beiras

Conheci a Madalena
Na ladeira do pelô
Distribuindo simpatia
Causando muito furor
Rebolando e dançando
Se livrando do clamor

Madalena estava numa festa
Com axé e muito samba
Seu molejo oriundo
De muitas aulas de zumba
Não parava de dançar
Todos ficavam de pernas bambas

Mulata muito bonita
Com um corpo sem igual
Alegre contagiante
Modelo escultural
Cinturinha de pilão
Bumbum descomunal

Pernas bem torneadas
Sorriso cativante
Provocando os presentes
Com gingado a todo instante
Olhar bem sensual
Rebolado provocante
  
Seios muito fartos
Do sutiã queriam pular
Pareciam passarinhos
Da gaiola se soltar
Uma pele que nem seda
Um perfume a exalar

Os seus dentes eram brancos
Que nem as espumas do mar
Com reflexo dos holofotes
Soltavam brilho no ar
Lábios grossos e carnudos
Todos sonhavam em beijar

Com uma blusa bem pequena
Aparecia seu umbigo
Uma minissaia pregueada
Que servia de abrigo
A reação dos homens
Desculpem mas eu não digo

Usava uma calcinha preta
Do estilo fio dental
Quando ela se abaixava
Os homens passavam mal
Aparecia o infinito
Uma visão fenomenal

Madalena sem se importar
Com todos os galanteios
Dançava sem parar
Alheia aos devaneios
Não estava nem aí
Para os olhares alheios
  
As horas se passavam
E ela não percebia
Não sentia nenhum cansaço
Distribuindo sua magia
Quando ela dava por si
Já amanhecia o dia

As cinco da manhã
Com o dia a raiar
Os primeiros raios do sol
No horizonte a brilhar
Madalena já cansada
Começavam a cantar

Maria Madalena
Dos anzóis pereira
Moça nova e bonita
Alegre e brejeira
Me diga quantas pregas
Tem nas suas beiras.

AUTOR: JOABNASCIMENTO
DATA: 29/11/12
Recanto das Letras: JOABNASCIMENTO
Blog: joaobnascimento55.blogspot.com
Twitter:@ljoaobatista