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joaobnascimento

terça-feira, 11 de dezembro de 2018

Ilusões

Ilusões

Desfilar pelas calçadas da fama
Ostentando prazeres ocultos
É chamar todo mundo de bruto
Esconder sua moral na lama
Desfrutar das glorias que esparrama
Espalhando bondade sem ser bom
Demonstrar a todos em alto tom
Peripécias dizendo ser isso arte
Viver nesse pobre mundo à parte
Sem pagar as contas do cupom

Ser gentil sem saber de gentileza
Ser um doce sem saber o gosto do mel
Nas sombras vive espalhando fel
O coração sem bondade é pobreza
Devaneios no mundo da incerteza
Oscilações nas dúvidas, demonstrada,
Por fora tudo, por dentro nada,
Uma vida regada de ilusões
Espalhando mentiras e ostentações
Sem luz na escuridão da madrugada

Demonstrar toda falsa pureza
Sem conhecer o puritanismo
Sepultar o seu ostracismo
Num pedestal de grandeza
Navegar na pobre realeza
Escondendo a mediocridade
Desafiando toda majestade
O nariz arrebitado petulante
O seu ser vil e insignificante
Esconde toda a sua falsidade

Navegar no rio da incerteza
Combater aquele que te julga
A orelha escondendo uma pulga
Naufraga no oceano da pobreza
Ser dócil por trás da aspereza
Que encobre todo seu pudor
Abnegada da palavra, por favor,
Um anjo sem o corpo alado
Livre de maldade e pecado
Engana todo o ser protetor.

Geralmente por trás da covardia
Que agride o outro sem perdão
Joga pedra depois esconde a mão
Falsidade abastece em demasia
Faz da vida a sua hipocrisia
Sem tutela de algum protetor
Planta na terra o desamor
Para estar sempre em evidência
Esquece que a sua consciência
É explosão no romper de um tumor

Sequiosos por apupos e elogios
Desafiam qualquer tipo de obstáculos
Faz das mãos garras ou tentáculos
Faz destruir todo o tipo de desafios
Enfrenta tormentas ou quedas de rios
Em seu caminho atropela e passa em cima
Está imune de intempéries e climas
É imponente quando avista uma brecha
Lança-se rápido quanto uma flecha
Para alimentar a sua falsa estima
  
Atravessa tsunamis e terremotos
Enfrenta tempestades e erupções
Destrói qualquer vida e corações
Enfrenta mar revolto e maremotos
Do “cramunhão” se torna um devoto
O que importa é estar em evidência
Está no mais alto degrau da eloquência
Ser destaque entre todas as multidões
Despertar em cada ser só ilusões
Sem análise da moral e da decência

Nas soberbas do individualismo
Distribui sua falsa simpatia
Mascarada por toda hipocrisia
Sarcasmos deboches e lirismos
Satisfaz o seu egocentrismo
Com desprezo no seu interior
Asco, nojo, repulsa e horror,
Aversão à falsa benevolência
No fundo odeia a complacência
O riso pálido, oculta seu mau humor.

Toda a verdadeira conduta
Anulada por trás de maquiagem
Esconde a real traquinagem
Quando está em jogo uma disputa
Ao usar o método da catapulta
Lançar ao longe o adversário
Afastar de perto todo otário
Num método rude acovardado
Sem se preocupar com pecado
Ou maldade em qualquer ordinário

Assim caminha a humanidade
Cercada de miséria e hipocrisia
Faz do mal toda a sua dinastia
Pregando ódio ao invés da bondade
Travestidos de todas as maldades
Fazendo o mal e esperando o bem
Prejudicando esse aquele ou alguém
Para subir um degrau na evidência
Sem ética, não mede consequência,
Para ser vista aqui e muito além.

Joabnascimento
05/12/18


sexta-feira, 9 de novembro de 2018

O leme e a direção

O leme e a direção

Você é o meu bálsamo
Para curar minhas feridas
O alimento da minha fome
Um mel pra adoçar a vida
A luz da minha escuridão
O motivo e a razão
O alimento da minha fome
A seta do meu destino
A mão que segura um menino
A alegria que me consome

A paz do meu coração
A tranquilidade de Deus enfim
O sonho, a realização.
Afinal você é tudo pra mim
Não saberia resistir
Qual o caminho a seguir
Sem ter você por perto
Tu és o leme e a direção
Dos problemas a solução
Uma poça d’água no deserto

Viver sem te ver
É um martírio constante
Não poder estar perto
É sufoco suplicante
Falar contigo é alegria
É luz ao raiar do dia
É alento para a dor
Sonhar sem ter você
É motivo para viver
Para entregar o meu amor

Somos dois num só corpo
Pensamentos em sintonia
Um é a metade do outro
Do sorriso é a alegria
Você é essência da vida
É o tempero na comida
A água para beber
Quero ser preso em seu laço
Cair de amor em seus braços
Quero me alimentar de você

Como sempre lhe falei
Na hora que te encontrar
Não dominar meus impulsos
Com ímpeto te abraçar
Agarrar-te com sofreguidão
Não controlar as minhas mãos
Deixando seu corpo despido
Beijar-te, afagar lamber.
Possuir-te com gozos gemer
Você delirar em meus ouvidos

Quero ser seu homem
Amigo amante confidente
Sua pilastra de sustentação
Dedicar-me a você fielmente
Seu amparo sua fortaleza
Não ter dúvidas só certeza
Viver exclusivamente pra você
Amar-te incondicionalmente
Ter você gravada na mente
Cada dia mais te querer

Joabnascimento
11/08/17

quarta-feira, 17 de outubro de 2018

Radicalismo ou Moralidade

Radicalismo ou Moralidade

Já estou de saco cheio
Desses ditos “liberais”
Que analisam do seu modo
Hipócritas irracionais
Dizem ter medo de Bolsonaro
Porque é correto e claro
Que seus atos são radicais

Porque ele é radical
Quer por bandido na prisão
Fazê-los trabalhar
Pra custear sua alimentação
Pagarem suas despesas
O que for posto na mesa
Eles tem cooperação

Radical porque não quer
O incentivo a sexualidade
O ensino nas escolas
Está sem moralidade
Cartilhas ensinam de vez
As crianças a serem gays
Com seis anos de idade

Ele quer que as crianças
Aprendam na escola
O que é para aprender
A safadeza que assola
Deixa a criança bipolado
Que não sejam doutrinados
Aprendendo a ser boiola

Radical porque é contra
O aborto desenfreado
Os pais matando seres
Indefesos assassinados
Ser contra a ideologia
De gênero que se irradia
Pela mídia, descontrolado

Radical por ser católico
Acima de tudo, cristão
Põe Deus acima de todos
Respeita toda religião
Não vive dentro de igreja
Roga amém ou assim seja
Prega a ordem e o perdão

Radical porque é contra
A política do desarmamento
Defende que o cidadão
Capaz com discernimento
Possa defende sua família
Não viver em armadilha
Sem questionamento

Ter uma arma se quiser
E não viver a mercê
De toda a bandidagem
Que não respeita você
Dentro de sua residência
Sem trégua e clemencia
Do bandido se defender

Quer índios e quilombolas
Livres e trabalhando
Sem as custas do estado
Produzindo e ganhando
Com direitos iguais
Não se tornem desiguais
Do social apanhando

Radical por defender
Das ONGs todo minério
Que exploram os índios
O caso é muito sério!
Vendem na irregularidade
Exportam na clandestinidade
Roubam nosso império

Radical porque admite
Que tem coisas que não sabe
Procura sempre aprender
Reconhece com humildade
Procura pessoas certas
Para alcançar suas metas
Com muita dignidade

Procurou Paulo Guedes
Para aprender economia
Economista respeitadíssimo
Que o ensina todo dia
É um homem preparado
Para o Brasil ser governado
Com mérito e maestria

Não tem a mídia nas mãos
Não tem tanto dinheiro
Não tem amigos políticos
É combatido o tempo inteiro
Sem apoio de governadores
Sem ricos patrocinadores
Tem o povo por companheiro

Que raios que vocês querem
O governo de Marina
Uma eterna petista
Na politica só azucrina
Aparece como fantasma
Com ideias marasmas
Um dejeto de latrina

O maior contrabandista
De mogno ela é casada
De 4 em 4 anos aparece
Com a cara mais lavada
Dizendo ser a solução
Pra resolver toda questão
Da sua “pátria amada”

Ciro Gomes um coronel
Desequilibrado do Ceará
Um esquerdista assumido
Que prende e manda soltar
O Partido Comunista Chinês
Revelo agora para vocês
A ele é quem está apoiar

Um Meirelles que faz parte
Da elite atual
Uma mega milionário
Não faz nada pro social
Múmia sem experiencia
Ministro sem competência
Um descaso nacional

Álvaro dias, esquerdista,
Padrinho da poligamia
Do MST e do Fachin
Defensor da dinastia
Esse lixo chamado STF
Tudo é mentira e blefe
Ele defende com galhardia

Um tal de amoedo
Dono de um novo partido
Presidente vitalício
Não faz nenhum sentido
Prega o empoderamento
Seu liberal direcionamento
De um esquerdista incontido

Falso opositor do PT
Um Alckmin investigado
Por chefiar a máfia
Da merenda no seu estado
Por superfaturar licitação
De metros em sua gestão
É roubo pra todo lado

Façam uma análise
Observem francamente
Provem que o Bolsonaro
É corrupto delinquente
Coisa que não conseguirão
É o melhor para nação
Representa minha gente

De minha parte quero
Um Presidente honesto
Com valores tradicionais
Sedimentados e modestos
Pra limpar toda sujeira
É a chance derradeira
Eis aqui meu manifesto

É bem simples assim
Esta é a real questão
Não é a politica que faz
O candidato ser ladrão
O seu voto equivocado
Normalmente impensado
Causa o mal para a nação

O ladrão virar politico
É o seu voto que faz
Não seja um alienado
Veja quem é mais capaz
Ou um cívico deficiente
Que vota em incompetente
Ladrão, déspota sagaz

Vamos nos mobilizar
Para exercer a cidadania
Cidadãos e contribuintes
Vamos manter a soberania
Cada um faça a sua parte
Não precisa bacamarte
Para acabar essa tirania.

Cordel baseado no texto do Gen. Cupertino publicado no facebook.

Joabnascimento
09-09-18
Camocim – Ce.

quarta-feira, 5 de setembro de 2018

Linguajar Cearês II

Linguajar Cearês II

Danôsse mainha
Que menino maluvido
Deu-me xero no cangote
Veja que cabra atrevido!
Onde amarrei meu jegue!
Prefiro que não me pegue
Pois é comprometido

Que presepada é essa?
Oxe arrede o pé!
Sai daí catrevagem
Vai buscar tua muié
Visse que desmantelo
É muito nó no novelo
Cai fora e mete o pé

Se manda cabra da peste
Mundiça deixe de piti
Miseravi pegue o beco
Não tem nada pra ti
Eita caba da mulesta
Tua atitude não presta
No mei vou te partir

Deixe dessa brabeza
Di duma égua abestado
Infeliz das costas ôca
Tu é mesmo abestalhado
Cabôsse tempo bom
Vou por paletó marrom
Tu parece amedrontado

Deixe de aperreio
Hoje tô com a mulesta
Sou teus pariceiros não
Está escrito na testa?
Ah disgrama abaitolado
Deixa de papo furado
Já sei que tu não presta

Pare de bulir aí
Deixa de ser fuxiqueiro
É Maria vai com as outras
Ô bixin presepeiro
Valei-me oh! Meu Padim
Ver se livra de mim
Todo esse povo fuleiro

Marrapaz num fresque não
Tô feito gota serena
Arrudeia e dá no pé
A rua pra nós é pequena
Se tu não for eu cegue
O diabo que te carregue
Arranco teu couro sem pena

Pra defender o caboco
Me vem uma rapariga
Com a blusa muito curta
Mostrando a barriga
Eu perguntei pra ela
Olhando pra cara dela
Tu tá com a bixiga?

Marmenino deixe disso
Então não se avexe não
Muita peia eu acho é pouco
Pare com essa arrumação
Tô virado na pitica
Tô feito uma catita
Doido por uma confusão

O caba todo tronxo
Já com a pança arriada
Falou pra rapariga
Uma cunhã enfezada
Parecida com ele
Igual a cara dele
Era cuspida e cagada

 Diabéisso macho véi
Vou te pegar lá em riba
Dá uma ruma de pancada
E te jogar na cacimba
Assim tu morre de vez
Te mato agora talvez
Acaba toda pinimba

Deixa de ser bunequeiro
Arre água abestado
Cu de cana presepeiro
Vive de nariz empinado
Tu tem um rei na barriga
Tua mãe é uma rapariga
Fuleragem ispritado

Tu é um baitola batoré
Não passa de abirobado
Tu nasceu num cabaré
Teu pai é amancebado
As pernas todas zambetas
Sua marmota perneta
Chei dos paus ingembrado

Já vai bater a caçoleta
Não vem comigo frescar
Não vai ter fim a intriga
Todos de ti vão mangar
Tu é a dor dum trupicão
Comigo não fresque senão
Eu vou agora te açoitar

Estou numa quenga fumando
Deixa de me arrudiar
Vai acabar-me aperriando
Se em mim um dedo triscar
Para de leriado zuadento
Sibiti baleado fedorento
Sou capaz de ti capar

 Temendo o salseiro
O caba já baqueado
Pediu penico ao poiteiro
Os fundos todo breado
O ceroto escorrendo
Avexado saiu correndo
Os cambitos já cagados

Parecia empanzinado
Só o oco e a catinga
Seu baitola abirobado
O bucho cheio de pinga
Vai-te pra baixa da égua
Te darei um salga pai d’égua
No mato vou te rebolar ainda

Com o bolso estribado
Ficamos a bebericar
Todo empiriquitado
Pra uma nega engabelar
Com tira gosto de panelada
No cabelo dei uma garibada
Pedi mais um celular

Eu não gosto de frescura
Gosto de andar engomado
Sou doce que nem rapadura
Sem inhaca perfumado
Não faço hora com ninguém
Um macho réi você tem
Toda hora do seu lado

Com aparência apetrechada
Parece que fui ao gabinete
Miolo de pote não é nada
Eu gosto que me respeite
Gente sem futuro é vintém
Catiroba não suporto também
Não vou enredar o macete
  
Quenga que me dá o xinim
Gato réi com sustança
É só o mí ela diz pra mim
Verminoso parto com pujança
Avalie a empeleita
As pernas em forma de cruzeta
Sem bater fofo ela não me cansa

No ato elas me respeitam
Dou o grau numa pimbada
Se tortas, ficam direitas
Não demoro na escanchada
O meu ritmo é feroz
Sou pior que um algoz
Traído na empreitada

No nosso linguajar
É grande a diversidade
Nós não somos diferentes
Temos originalidade
O nosso sotaque é belo
Com o português singelo
Temos grande variedade

Boçal e corralinda
Achar graça e arrumação
Alparcata e aí dentro
Cachaceiro e enrolão
Presepeiro e batoré
Sabacu e arrasta-pé
Papangu e danação

Amansa-corno e aluir
Aperreio e avexado
Tem é Zé e bate-cocha
Caldo de bila e leriado
Abufelar e arigó
Brechar e fiofó
Mangar e esfolado
  
Chapéu de tôro e baitinga
Bater catolé e gazear
Amancebado e bulir
Arre égua e desunerar
Chei dos paus e cocorote
Galinha d’angola é capote
Baixa da égua e arribar

Visage e parrudo
Verminoso e aperreado
Pai d’égua e uma pinóia
Bater fofo e xambregado
Balaio de gato e brocotó
O criado a pão-de-ló
Tem a bila e pão sovado

Morrer é bater a caçoleta
O bebo é embriagado
Birita e botar buneco
Aos emboléus e breado
Bregueço e acunhar
Briba e engabelar
E só mi disbuiado

Temos fogoió e brôco
Buliçoso e esculhambação
Bunda canastra e cagaço
Capar o gato e carão
Caraquento e xambregado
Catiripapo e malamanhado
A mulher que faz sabão

Tem o cão chupando manga
Cara de bicho e cambada
Carne-de-teteu e ceroto
Caxaprego e barruada
Checho e trubiscado
Zambeta e ispritado
Perainda e amojada
  
Gasguita e desmilinguido
Tabefe e assuntar
Lá do tempo do bumba
Esgalamido e engomar
Saliente da gota serena
Tem leilão e tem novena
Fazer hora e empaiar

Dar o prego e pindaíba
Gastura e arrudiado
Remela e estripulia
Magote e encabulado
Imbira e fechicler
Carinho e cafuné
 Reimoso e assanhado

Fajuto e feito nas coxas
Sustança e acunhar
Ficar no canto e frozô
Quebrante e aperrear
Tinhoso e gigolete
Baitola também é gilete
Inhaca e descabaçar

Dar bode é dar errado
Confusão é arengar
Tabaco é genitália
Tem escroto a maldar
De mutuca e gastura
Tem chimbé de rapadura
Galalau a pelejar

Surra é levar pisa
Dar o grau bem ariado
Piloro e dor no quengo
Pinóia e ingembrado
Zóio, zurêia e zuvido
Zero cabaço não é mexido
Tem o troncho abilolado

 Tem o amarelo queimado
Coisar é uma pimbada
Triscar e apapagaiado
Judiar e presepada
Zuada e baqueado
Chapuletada e vexado
Enredar e apetrechada.

Joabnascimento
05/09/18
Camocim Ce.