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O Bêbado E A
Mulher De Preto
Um bêbado
cambaleante
Andava sem
destino
Avistou um
estabelecimento
Entrou como
clandestino
Passando
despercebido
Entrou bem de
fininho
Infiltrou-se
entre os presentes
Tentando não ser
notado
Sem saber onde
estava
Pra não ser
importunado
Observando
calmamente
O local
movimentado
Ficou isolado
num canto
Esperando a
música tocar
Ouviu uma suave
melodia
Preparou-se para
dançar
Só faltava uma
cachaça
E cigarro pra
fumar
Cambaleando
sobre as pernas
Dirigiu-se a uma
senhora
Ela logo se
afastou
Bem rápido sem
demora
A mesma vestida
de preto
Ao olhar o
ignora
Mesmo assim
irredutível
Com soluço bem
irritante
Parecia
irredutível
Insistente
implicante
Sua voz
embaraçada
Lhe falou
naquele instante
Senhora me dá o
prazer
De me acompanhar
nessa dança?
A senhora de
repente
Estufou o peito
e a pança
Ouviu um não tão
sisudo
Acabando as suas
esperanças
Eu não vou
dançar contigo
Os motivos eu
vou falar
Primeiro é que está bêbado
Nem em pé pode ficar
Sujo e bem
fedorento
Com cheiro forte
de gambá
Segundo aqui é
um velório
Não é boate e
nem divertimento
Nem boteco de
esquina
De viciados e
sedentos
É um momento de
tristeza
Muita dor e
sofrimento
Terceiro não se
dança o pai nosso
A música é uma
oração
Respeita a
palavra de deus
Tenha mais
educação
Saia já desse
lugar
Vá a deus pedir
perdão
O quarto é que
sou padre
Isso o senhor
não viu
Se viu, não
percebeu
Ou então muito
fingiu
Se comporte como
cristão
Madame é a puta
que o pariu.
AUTOR: JOABNASCIMENTO
DATA: 03/05/15
Recanto das
Letras: JOABNASCIMENTO
Blog:
joaobnascimento55.blogspot.com
Twitter: @ljoao
batista
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