Chico Rola E Zé Priquito

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Chico Rola E Zé Priquito

Chico rola era um cabra

Muito decente e conceituado

Um cabra trabalhador

Homem sério respeitado

Vivia do seu trabalho

Mas existia outro lado

Quando no fim de semana

Resolvia ir para o forró

Farrear encher a cara

Amargo que nem jiló

Enchia a cara de cachaça

E só andava sempre só

Ficava muito enjoado

Valente sem um temor

Não respeitava ninguém

Seja ela qual for

Arranjava confusão

Queria ser conquistador

Num certo fim de semana

Que resolveu farrear

No forró do Zé Priquito

Ele resolveu entrar

Zé Priquito já sabendo

Resolveu ele barrar

Ele sem poder entrar

Mas com o ingresso na mão

Partiu pra ignorância

Ganhar na sugestão

Zé Priquito lhe peitou

Começou a confusão

  

Chico rola muito grande

Zé Priquito bem pequeno

Mas grande era a valentia

Jamais saia correndo

Com um forte esbarrão

O Rola foi se metendo

  

Chico rola com sua força

No portão foi segurando

Enquanto o Priquito fechava

O Rola ia empurrando

Quanto mais o Priquito peitava

O Rola ia entrando

O pobre do Zé Priquito

Se sentindo imprensado

Por mais força que botava

Não mantinha o portão fechado

Vendo o Rola já entrando

Relaxou e foi para o lado

Zé Priquito apertado

Com o Rola quase dentro

Sem nada poder fazer

Relaxou por um momento

Nada mais pôde fazer

Resolveu dar tempo ao tempo

A galera inflamada

Queria o Rola fora

Já ia ter confusão

Não ia demorar meia hora

Zé Priquito coitadinho

Nada podia fazer agora

Põe o Rola pra fora

Foram todos logo gritando

Zé Priquito sem ação

Ainda ficou tentando

Enquanto o Priquito resistia

O Rola continuava entrando

Pra acalmar a mulherada

O Zé tomou logo uma decisão

Uma idéia na cabeça

Veio-lhe na conclusão

Se botasse o rola pra fora

Acabava a confusão

Com uma peixeira na mão

Resolveu ele enfrentar

Riscou a faca no chão

Chamou o Rola para brigar

Deu um salto pra fora

Para lhe desafiar

O Rola se vendo humilhado

Com o Priquito bem pequeno

Estava a lhe desafiar

Nesse momento horrendo

Aceitou o desafio

E foi logo lhe dizendo

Nunca fui homem de fugir

De uma boa confusão

Agora vou lhe enfrentar

Você na faca e eu na mão

Se você me vencer

Acaba toda essa arrumação

Zé Priquito era pequeno

Mas de grande habilidade

Não tinha medo de tamanho

Nem cor, raça e idade.

Com um golpe bem certeiro

Cortou o rola pela metade

O Rola muito surpreso

Com a habilidade do Priquito

Não querendo acreditar

Aquilo que tinha visto

Quando viu o sangue descer

Foi logo dando um grito

Não precisa me decepar

Eu me rendo sem demora

Não quero que me corte

Já estou indo embora

Continue com o forró

Pois vou embora agora

Assim o pequeno Priquito

Ficou famoso na região

Venceu o duelo com o Rola

Foi resolvida a questão

O forró continuou

Acabou a confusão

  

O pequeno Zé Priquito

Demonstrando habilidade

Nem ele mesmo sabia

Dessas suas qualidades

Venceu o Rola grande

A fama correu pela cidade

  

A moral dessa história

Que acabei de contar

Não devemos nada temer

Muito menos se acovardar

Quanto maior o problema

Nós devemos enfrentar.

Autor: joabnascimento

Data: 29/10/12

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