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segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

A Vingança Do Órgão Revoltado

Foto:revistacrase.com.br

A Vingança Do Órgão Revoltado

O nosso corpo humano
É tão grande de extensão
Em relação aos seus órgãos
É como um de nós pra uma nação
É como um pequeno cisco
Dentro de um saco de feijão

Lá num canto afastado
Como se fosse à periferia
Vivia um ser chateado
Com tudo que recebia
Além de ser discriminado
E também não ter valia

Ele já vivia cansado
Pois não sabia o por que?
Tudo o que não presta
Por ele tem que descer
Sem culpa e sem fazer nada
Levava paulada pra valer

Sua vida bem cansativa
Sem valor no mercado
Recebia só as migalhas
Era muito desvalorizado
Só vivia escondido
Não podia ser mostrado

Pra você ter uma ideia
Da tamanha discriminação
Seu nome era evitado
Por toda população
Não pode ser dito em público
É tamanho o palavrão

Vivia em volta de fezes
Descarga de gases e mau cheiro
Apanhava sem saber o motivo
Não ganhava nenhum dinheiro
Sob duas grandes montanhas
No meio do desfiladeiro

Isolado de tudo e de todos
Dentro de uma fenda profunda
Encoberto por calcinhas
Enfiadas no meio da bunda
Também é devaneio
Da sua mente infunda

Por morar no fundo do vale
Sofria com o calor
Suava a todo instante
Ainda recebia um cobertor
Ou fios que lhe apertava
Causando grande furor

As bundas eram bem faladas
E também muito importantes
Por todos eram admiradas
Desejadas a todo instante
Fruto de fome e desejo
Formato interessante

Um dia ele decidiu
Se tornar um vagabundo
Viajar por todo corpo
Conhecer todo seu mundo
Conhecer o responsável
Investigaria bem fundo

Verificou sua saúde
Estava-se revigorado
Começou pelo intestino grosso
Depois passou pelo o delgado
Feliz com a sua jornada
Parecia um menino empolgado

Depois foi na vesícula
Pelo fígado e pelos rins
Todos estavam felizes
Não tinha nada ruim
Conheceu todo o estômago
Visitou o pulmão enfim

Foi ao tórax e as costas
A cabeça e o pescoço
Visitou até o escroto
Que tinha dois belos caroços
Passou pelas costelas
Conheceu todos os ossos

Cada órgão que visitava
Pra ele era uma emoção
Nunca tinha viajado
Nem feito qualquer missão
Conheceu todo o corpo
Até chegar ao coração

 Lá chegando sem cerimônia
O encontrou muito ocupado
Funcionando sem parar
Para o sangue ser bombeado
Partiu logo pra cima
Pois estava revoltado

Sem dar tempo de defesa
E nem poder ficar de pé
Atacou o coração
Com socos e pontapés
Eram socos violentos
Rasteiras e cangapés

O órgão agressor
Falou sem titubear
Cala-te senão te mato
Agora vou te falar
Qualquer conversa fiada
Tu vai se apaixonar

O coração muito surpreso
Com aquela agressão
Sem saber qual o motivo
Questionou qual a razão
Nem ao menos conhecia
O autor daquela confusão

Você é muito fraco
Com seu lado sentimental
Apega-se muito fácil
Entrega-se no total
Toda vez que se apaixona
Sou eu que levo pau

Assim fica esclarecido
Toda aquela confusão
Retornou bem satisfeito
Para a sua região
Feliz com o que tinha feito
Estava cumprida a sua missão.

AUTOR: JOABNASCIMENTO
DATA: 27/05/15
Recanto das Letras: JOABNASCIMENTO
Blog: joaobnascimento55.blogspot.com
Twitter:@ljoaobatista


































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