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segunda-feira, 13 de junho de 2016

A Culpa É Do Gato

Foto:saomiguelweb.om.br

A Culpa É Do Gato

Um cabra mulherengo
Morador do meu nordeste
Não se contenta só com uma
Diz ser um cabra da peste
Quanto mais ele arranja
Mais ele se diverte

Ele acha que pode
Na vida tudo fazer
Mulher é pra viver em casa
Lavar, passar, varrer
Botar comida no prato
E esperar ele comer

Ao raiar do novo dia
Sai pra trabalhar
Faz tudo o que quer
Não tem hora pra voltar
Chama toda rapaziada
E vai pro boteco gastar

Sai pra farrear
Beber com os amigos
Todo fim de semana
Sai no sábado volta domingo
Quando não tem um forró
Gasta dinheiro no bingo

Cercado por mulheres
Se dizendo gostosão
Não aceita desaforos
É metido a valentão
Por qualquer motivo
Já puxa a arma na mão

Gasta tudo o que ganha
Com farras e presentes
As damas fácil da noite
Com ele ficam contentes
Ele não quer nem saber
Se em casa está carente

Tem várias amantes
Gosta de se gabar
Que dá conta de todas
E nada pode faltar
Pega duas toda noite
Isso só pra variar

A pobre da mulher
De falar estava cansada
Foi viver a vida dela
Sentia-se rejeitada
Carente sem o marido
Queria ser realizada

Começou a receber
Visitas dos seus amigos
Não precisava sair de casa
Era dentro do seu abrigo
Agora mesmo que ele quisesse
Ela lhe dava castigo

O marido muito machista
Achava que estava abafando
Não percebia no seu nariz
O que estava se passando
Toda noite e todo dia
Era macho saindo e entrando

Sua mulher muito nova
Muito rica em beleza
Saciava todos desejos
Com doses de safadeza
Nem parecia a madame
Com cara de pureza

Não faltava quem queria
Dela se aproximar
Todo dia um entrava
Só ele sair pra trabalhar
Era tudo que ela queria
Pra poder se saciar
  
E assim era o dia todo
Um entra e sai sem demora
Cada um que entrava
Não demorava uma hora
Na porta já tinha outro
Doido pro outro ir embora

Satisfazia a todos
Com as suas habilidades
Ainda recebia dinheiro
Pra suprir suas vontades
E assim seu dia a dia
Era cheio de novidades

O marido estava na farra
Com uma de suas amantes
Leva um arranhão no pescoço
Situação preocupante
Achava que pra sua mulher
Ainda era muito importante

Ao chegar à sua casa
Na maior escuridão
Tinha que arranjar uma desculpa
Pra não ter mais confusão
Foi entrando naturalmente
Com a cara cheia de razão

De propósito ele pisa
No rabo do pobre gato
Depois de um grande barulho
O bichano corre pro mato
Ele logo ficou gritando
Corre senão eu te mato

A mulher grita, ao acordar.
O que foi meu marido?
Ele responde sem pensar
Veja o que o gato fez comigo!
Vou matar esse ordinário
Isso não tem nem perigo

A mulher não se admira
Quando ver o arranhão
Hoje esse gato está
Pirado que nem um cão
Veja só o meu pescoço!
Ele deixou um chupão!

AUTOR: JOABNASCIMENTO
DATA: 26/08/15
Recanto das Letras: JOABNASCIMENTO
Blog: joaobnascimento55.blogspot.com
Twitter: @ljoao batista

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