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terça-feira, 13 de dezembro de 2016

Luiz Do Nordeste O Rei Do Baião

     Foto:cadaminuto.com.br

Luiz Do Nordeste O Rei Do Baião


Minha vida é andar por esse país
Valorizando o folclore e a cultura
Desse povo sofrido e uma alma pura
Com amor e respeito deus assim quis
Com um simples cidadão me chamo luís
Gonzagão de sobrenome e nascimento
Meu querido nordeste eu sempre represento
Com título honorário do rei do baião
Dedico ao meu povo e minha nação
A cultura popular desde o seu advento

Nascido e criado na terra de exu
Numa casa de barro de uma fazenda
Caiçara é o nome dessa vivenda
Lugar florescido de muito mulungu
Criança criada à custa de angu
Muita farinha baião e macaxeira
Vaqueiros usavam as suas gibeiras
De mato adentro no meio da caatinga
No alforje levava uma garrafa de pinga
Pra dar mais coragem e enfrentar as toupeiras

Filho de Ana batista e do seu Januário
Seu nome foi dado porque naquele dia
Era comemorado o dia de santa luzia
Homenagem prestada nesse anuário
Treze de dezembro é o seu aniversário
Com seu pai aprendeu a tocar o baião
Nas festas de baile com seu acordeão
Iniciava a carreira desse grande artista
Cantor compositor e também repentista
O maior sanfoneiro do nosso sertão


Em parceria com o amigo Humberto Teixeira
Mostrou para o mundo sua obra prima
Lamento e anseio como um choro de menina
Compôs a canção emblemática de sua
Carreira
Marcaria sua história de certa maneira
E assim asa branca foi lançada ao mundo
Representando a dor e o lamento profundo
Do pobre nordestino suplicando com devoção
Que caísse ao menos um pingo d’água no chão
Pra nascer uma planta naquele solo fecundo

Ao deixar o exército no rio de janeiro
Decidiu a carreira de artista se dedicar
Em festinhas de amigo passou a se apresentar
Em bares botecos festas e puteiros
Vagando e ganhando seu pouco dinheiro
Na rádio nacional um dia foi se apresentar
No programa de ary barroso foi primeiro lugar
Depois desse dia vestido de vaqueiro
Passou a se apresentar para o mundo inteiro
Ao gravar um LP na gravadora rca

Foi assim que surgiu o grande Gonzagão
Um herói nordestino que nos representa
Orgulho da terra e de toda tormenta
Cantando a pobreza do nosso sertão
Mostrando ao povo o verdadeiro baião
Conheceu Odaleia nos palcos da vida
Gonzagão apaixonado lhe deu amor e guarida
Tiveram um caso amoroso complicado
Ela já grávida do seu ex-namorado
Nasceu Gonzaguinha dessa relação interrompida

Ao voltar pra exu sua cidade natal
Visitar os seus pais que há anos não os via
Abraçando Ana e Januário com muita alegria
Nasceu uma canção de sucesso nacional
“respeita Januário” de uma forma geral
Tornou-se sucesso na boca de toda gente
Sem imaginar estava na mídia de repente
Seu nome por todos era ovacionado
Nas rádios e jornais de todos os estados
Sinônimo de sucesso de forma abrangente

Conheceu a professora Helena Cavalcanti
Por ela se sentiu de novo apaixonado
Pediu em namoro pra tê-la do seu lado
Pedido aceito no mesmo instante
Uma vida de entrega e amor marcante
Viveram unidos felizes até o final
Casamento honesto de amor e moral
Sem fofocas mentiras e intrigas
Sem mágoas rancores raivas e brigas
Felicidade reinante em todo matrimonial

Mil novecentos e doze era o ano
E o mês era dezembro
A hora exata eu não lembro
Treze foi o dia eu não me engano
Nascia aquele ser suburbano
Futuro rei do baião
Cantou a dor do sertão
Como seu embaixador
Em oitenta e nove deus o levou
Pra alegrar o céu com uma linda canção

Luís cantou o nordeste e toda caatinga
A seca que queima todo aquele chão
A pobreza e luta da vida de cão
Do povo sertanejo e de toda restinga
Que luta sedento com fé sem mandinga
Tendo o mandacaru como símbolo da terra
Em todo agreste e no seu pé de serra
Como o rei do baião reinou até a morte
Alavancando pra frente o forró e o xote
Uma vida de sucesso e glória se encerram.

 AUTOR: JOABNASCIMENTO
DATA: 31/05/16
Recanto das Letras: JOABNASCIMENTO
Blog: joaobnascimento55.blogspot.com
Twitter: @ljoao batista

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