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Luiz Do Nordeste O Rei Do Baião
Minha
vida é andar por esse país
Valorizando
o folclore e a cultura
Desse
povo sofrido e uma alma pura
Com
amor e respeito deus assim quis
Com
um simples cidadão me chamo luís
Gonzagão
de sobrenome e nascimento
Meu
querido nordeste eu sempre represento
Com
título honorário do rei do baião
Dedico
ao meu povo e minha nação
A
cultura popular desde o seu advento
Nascido
e criado na terra de exu
Numa
casa de barro de uma fazenda
Caiçara
é o nome dessa vivenda
Lugar
florescido de muito mulungu
Criança
criada à custa de angu
Muita
farinha baião e macaxeira
Vaqueiros
usavam as suas gibeiras
De
mato adentro no meio da caatinga
No
alforje levava uma garrafa de pinga
Pra
dar mais coragem e enfrentar as toupeiras
Filho
de Ana batista e do seu Januário
Seu
nome foi dado porque naquele dia
Era
comemorado o dia de santa luzia
Homenagem
prestada nesse anuário
Treze
de dezembro é o seu aniversário
Com
seu pai aprendeu a tocar o baião
Nas
festas de baile com seu acordeão
Iniciava
a carreira desse grande artista
Cantor
compositor e também repentista
O
maior sanfoneiro do nosso sertão
Em
parceria com o amigo Humberto Teixeira
Mostrou
para o mundo sua obra prima
Lamento
e anseio como um choro de menina
Compôs
a canção emblemática de sua
Carreira
Marcaria
sua história de certa maneira
E
assim asa branca foi lançada ao mundo
Representando
a dor e o lamento profundo
Do
pobre nordestino suplicando com devoção
Que
caísse ao menos um pingo d’água no chão
Pra
nascer uma planta naquele solo fecundo
Ao
deixar o exército no rio de janeiro
Decidiu
a carreira de artista se dedicar
Em
festinhas de amigo passou a se apresentar
Em
bares botecos festas e puteiros
Vagando
e ganhando seu pouco dinheiro
Na
rádio nacional um dia foi se apresentar
No
programa de ary barroso foi primeiro lugar
Depois
desse dia vestido de vaqueiro
Passou
a se apresentar para o mundo inteiro
Ao
gravar um LP na gravadora rca
Foi
assim que surgiu o grande Gonzagão
Um
herói nordestino que nos representa
Orgulho
da terra e de toda tormenta
Cantando
a pobreza do nosso sertão
Mostrando
ao povo o verdadeiro baião
Conheceu
Odaleia nos palcos da vida
Gonzagão
apaixonado lhe deu amor e guarida
Tiveram
um caso amoroso complicado
Ela
já grávida do seu ex-namorado
Nasceu
Gonzaguinha dessa relação interrompida
Ao
voltar pra exu sua cidade natal
Visitar
os seus pais que há anos não os via
Abraçando
Ana e Januário com muita alegria
Nasceu
uma canção de sucesso nacional
“respeita
Januário” de uma forma geral
Tornou-se
sucesso na boca de toda gente
Sem
imaginar estava na mídia de repente
Seu
nome por todos era ovacionado
Nas
rádios e jornais de todos os estados
Sinônimo
de sucesso de forma abrangente
Conheceu
a professora Helena Cavalcanti
Por
ela se sentiu de novo apaixonado
Pediu
em namoro pra tê-la do seu lado
Pedido
aceito no mesmo instante
Uma
vida de entrega e amor marcante
Viveram
unidos felizes até o final
Casamento
honesto de amor e moral
Sem
fofocas mentiras e intrigas
Sem
mágoas rancores raivas e brigas
Felicidade
reinante em todo matrimonial
Mil
novecentos e doze era o ano
E o
mês era dezembro
A
hora exata eu não lembro
Treze
foi o dia eu não me engano
Nascia
aquele ser suburbano
Futuro
rei do baião
Cantou
a dor do sertão
Como
seu embaixador
Em
oitenta e nove deus o levou
Pra
alegrar o céu com uma linda canção
Luís
cantou o nordeste e toda caatinga
A
seca que queima todo aquele chão
A
pobreza e luta da vida de cão
Do
povo sertanejo e de toda restinga
Que
luta sedento com fé sem mandinga
Tendo
o mandacaru como símbolo da terra
Em
todo agreste e no seu pé de serra
Como
o rei do baião reinou até a morte
Alavancando
pra frente o forró e o xote
Uma
vida de sucesso e glória se encerram.
AUTOR:
JOABNASCIMENTO
DATA:
31/05/16
Recanto das
Letras: JOABNASCIMENTO
Blog:
joaobnascimento55.blogspot.com
Twitter:
@ljoao batista
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