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quarta-feira, 20 de julho de 2016

Funeral Animado

Foto:toonpool.com

Funeral Animado

Era tarde da noite
Um bêbado andava a vagar
Sem um centavo no bolso
Sem rumo a perambular
Com sede de beber pinga
Queria agora tomar

Queria tanto tomar um gole
E também dar um tragada
Sem um vivente na rua
As vendas estavam fechadas
Vagueava por aí sem rumo
Encontrar uma alma penada

Ao longe viu uma luz
Partiu em sua direção
Tinha algum lugar aberto
Naquela ocasião
Alguma coisa encontraria
Pra aliviar a sua tensão

Lá chegando avistou
Muitos carros e movimentos
Um entra e sai danado
Seus olhos ficaram atentos
Escutou uma canção
Era uma casa de divertimento

Os presentes entoavam
Uma suave melodia
Bem romântica por sinal
Estilo que ele apreciaria
De porta adentro ele entrou
Pra ver o que lá acontecia

As pessoas bem vestidas
Estavam em forma circular
De mãos dadas uma com a outra
Feito roda de cirandar
Ele resolveu entrar na roda
Queria também participar
  
Avistou uma senhora
E a convidou para dançar
Vestida toda de amarelo
Parecia um maracujá
A mulher muito educada
Tentou lhe afastar

O senhor está bêbado
Intrometido e inconveniente
Mal cheiroso e mal vestido
Além do mais indecente
Com o seu mau comportamento
Está incomodando a gente

O bêbado não satisfeito
Ainda tentou insistir
Porque ela não dançaria
Então ele não saia dali
Queria fumar e beber
E também se divertir

Todos ficaram abismados
Com o que estava acontecendo
O local não era propício
Não estavam nada entendendo
O momento não era oportuno
Tinha família sofrendo

O bêbado partiu pra cima
De uma mulher toda de preto
Segurou firme sua mão
Apertou de certo jeito
A convidou para dançar
Só de longe sem aperto

A pessoa lhe respondeu
Com a voz mais grosseira
Pediu pra ele se retirar
Ir curar sua bebedeira
Pois ali não era lugar
Pra agir daquela maneira
  
Primeiro você está bêbado
E está muito abusado
Entrou nesse local
Sem ao menos ser convidado
Segundo aqui é um velório
Você está no lugar errado

Terceiro eu não sou mulher
Eu sou um vigário
Você como filho de deus
Está no momento ordinário
Nós não temos o direito
De ouvir seus comentários

Vou contar até três
Quero ver se já partiu
Vá pra casa descansar
Volte de onde saiu
Pegue o beco e vá embora
Ou vá pra puta que o pariu.

AUTOR: JOABNASCIMENTO
DATA: 10/09/15
Recanto das Letras: JOABNASCIMENTO
Blog: joaobnascimento55.blogspot.com
Twitter: @ljoaobatista




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