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O
Que Restou De Mim?
Vejo-me
no espelho
E
sinto refletir a minha imagem
Um
homem que já foi feliz
Teve
tudo e não quis
Hoje
vive triste e sem coragem
Por
ter jogado tudo fora
Sem
ao menos avisar
Vejo
nos meus olhos o olhar enviesado
Como
se não quisesse me encarar
Alguem
que tem vergonha
De
querer me olhar
Mesmo
sabendo que não tenho
Razão
nenhuma pra recriminar
Não
gosto do espelho e nem fotos
Eles
só me mostram o que estou sentindo
Revelam
a tudo e a todos
O
quanto meu coração vive sofrendo
Nesse
momento sinto algo bem pesado
Com
uma força descomunal
Batendo
em meu rosto desfigurado
Destruindo
de vez a minha moral
O
meu olhar no meu
Recrimina
tudo que eu fiz e o que não fiz
Agindo
covardemente escondido
Atitudes
que deveria ter tomado e não quis
Ferindo
o amor dos outros bem feridos
Abrindo
chagas enormes e profundas
Nos
sentimentos de quem me rodeou
Aos
poucos foram ficando moribundas
Maltratando
corações
Que
de corpo e alma pra mim se entregaram
Pessoas
que sem ter motivos me amaram
E
que vi fugir tudo que um dia ganhei
Ganhei
e pensei amar, mas somente maltratei.
Hoje
a amargura fez união
Com
o desprezo e a solidão
Atormentam-me
cobrando tudo o que perdi
Colocando
uma pedra no lugar do meu coração
Meu
mundo hoje está envolto com o silencio
Tento
esquecer, mas o pensamento não esquece
As
angustias incessantes são meus tormentos
E
de tristeza meu corpo aos poucos padece
Tento
me olhar no meu olhar
E
ver realmente o que restou de mim
E
descubro que sou mais um desmiolado
Rogando
súplica pedindo para o tempo voltar
E
tudo o que foi perdido tentar recuperar
Encontro-me
no meu esconderijo
Bem
pequeno e aconchegante
Sentindo
a tristeza marcante
Invadindo
a minha consciência
Chegando
a ter uma demência
Por
estar só sem ninguém pra conversar
Envolto
na tristeza do meu lar
Imploro
na imagem da Tv
Alguém
que fale o que quero saber
E
preencher esse vazio atormentador
Tudo
isso é a falta de um amor
Que
chegou, mas na mesma velocidade se afastou
Tão
rápido igual a um piscar dos olhos
Igual
à escuridão no apagar das luzes
Sinto-me
preso numa tranca sem ferrolho
Mas
vejo a dura realidade
Que
não existe mais a oportunidade
Que
me foi dada e joguei na lama
Somente
o teto e o colchão da minha cama
São
testemunhas do estremecer
Deste
corpo triste que vive a sofrer
Por
pensar que era o grande dono da verdade.
AUTOR:
JOABNASCIMENTO
DATA:
01/02/14
Recanto das Letras: JOABNASCIMENTO
Blog: joaobnascimento55.blogspot.com
Twitter:@ljoaobatista
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