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Onibus
Lotado
19 horas ônibus lotado
Era assim todo dia
Com sacrifício ele entrava
Com destino a periferia
Depois de um dia de luta
Descansar era o que queria
Em pé no coletivo
Feito sardinha em lata
Muito calor e cheiro de suor
Misturado com loção barata
Incômodo e desconforto
Naquela posição ingrata
Seu fusca com frequência
Sempre estava na oficina
Sem banco e sem motor
Nem sequer tinha buzina
Devido a penúria dos dois
Ia seguindo sua sina
Até que certo dia
Sem querer acreditar
Uma bunda bem macia
Na frente veio se encaixar
Timidamente ele tenta
Com cuidado desvencilhar
Ele com receio do povo
Não queria ser humilhado
Ou até a dona da bunda
Poderia chamá-lo de tarado
Mas a bunda muito grande
Não deixa ficar afastado
Cada vez mais ela mantinha
A bunda no seu corpo colado
Aproveitando os solavancos
Mexia pra todo lado
Assim ele acompanhava
O balanço ritmado
Ele sem nada poder fazer
Resolveu apenas relaxar
Seu volume bem crescido
Entre a bunda a encaixar
Até que num certo ponto
Ela deu sinal para parar
Ele pra não dar bandeira
Pois estava envergonhado
Escondeu a ferramenta
Pois estava excitado
Ela segurou o seu braço
Puxando ele de lado
Acompanhou a bela morena
Ao beco escuro sem saída
Assim pode observar
Como a bunda era linda
Num short muito pequeno
Ela estava escondida
Rebolado excitante
Enfiada num fio dental
Ela mexe seu bumbum
Num balanço sensual
Aumenta mais seu desejo
Nunca viu bunda igual
Ela o encosta no muro
Num gesto brusco delicado
Explora todo seu corpo
Chega ao ponto desejado
Guarnece a ferramenta
Para ser logo sugado
Com os cabelos bem compridos
Não deixava ver seu rosto
Evitava ficar de frente
Sempre do lado oposto
Abocanhou todo seu órgão
Com vontade e muito gosto
Falar pra que falar?
Isso não importava agora
O que interessava pra ambos
Era o prazer sem demora
Com vontade seu membro beijo
Ao botar ele pra fora
Ela engole a ferramenta
Com gula e com vontade
Lambe o saco escrotal
Com carinho e suavidade
Mostra ser profissional
Usa a sua criatividade
Ele já descontrolado
O gozo já quase chegando
Põe a fêmea de quatro
Devagar vai enfiando
Ela bem lubrificada
Com desejo rebolando
Saciando sua sede
Ela assim foi invadida
Numa relação anal
O desejo da sua vida
Entre sussurros e gemidos
Como nunca foi possuída
Ele explora com força
Aquele caminho desconhecido
Acelera as estocadas
Aumentando seus gemidos
Assim eles chegaram
Ao orgasmo pretendido
Saciando seus desejos
Gozaram descontrolados
Permaneceram por um tempo
Um no outro bem colado
Corpos suados e trêmulos
Satisfeitos relaxados
A mulher era casada
Tinha aliança no dedo
Só queria sexo anal
Pra saciar o seu segredo
Pois em casa o seu marido
Não aceitava esse enredo
Com sinais ela falou
Sexo anal era pecado
Isso ele não aceitava
Preferia o outro lado
Despedem-se um do outro
Cada um para o seu lado
Ao voltar pra estação
E pegar um novo trem
Estava bem aliviado
E preocupado também
Uma cerveja no boteco
Não faz mal a ninguém
Depois de umas cervejas
Ele decidiu ir embora
Pegou o trem bem tarde
Chegou a casa altas horas
A esposa ainda acordada
O recebe sem demora
Ela recebe o marido
Com um sorriso de satisfação
O abraça com carinho
Corpo quente de tesão
Um brilho intenso no olhar
Demonstra só gratidão
Ela sempre sorridente
Serve à mesa o jantar
Com um baby-doll de renda
Está a lhe provocar
Bem cheirosa insinuante
O espera pra deitar
Ele fica a perceber
Seu corpo escultural
Uma bunda tão bonita
Bem grande e natural
Pensou no acontecido
Pois a bunda era igual
Como ele não notou
Esse corpo tão bonito?
Parece a mulher do ônibus
Que traiu o seu marido
Percebeu depois de tudo
Quanto tempo tinha perdido
A partir daquele dia
Ele prestou mais atenção
Aumentou o seu desejo
Amou-lhe com excitação
Agora é tudo liberado
Mais prazer e mais tesão
Hoje vivem bem felizes
Não existe mais frescura
O segredo do ônibus
E também da rua escura
Guardaram pra cada um
Hoje se amam com ternura.
AUTOR: JOABNASCIMENTO
DATA: 31/03/15
Recanto
das Letras: JOABNASCIMENTO
Blog: joaobnascimento55.blogspot.com
Twitter:@ljoaobatista
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