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A Vingança Do
Órgão Revoltado
O nosso corpo
humano
É tão grande de
extensão
Em relação aos
seus órgãos
É como um de nós
pra uma nação
É como um
pequeno cisco
Dentro de um
saco de feijão
Lá num canto
afastado
Como se fosse à
periferia
Vivia um ser
chateado
Com tudo que
recebia
Além de ser
discriminado
E também não ter
valia
Ele já vivia
cansado
Pois não sabia o
por que?
Tudo o que não
presta
Por ele tem que
descer
Sem culpa e sem
fazer nada
Levava paulada
pra valer
Sua vida bem
cansativa
Sem valor no
mercado
Recebia só as
migalhas
Era muito desvalorizado
Só vivia
escondido
Não podia ser
mostrado
Pra você ter uma
ideia
Da tamanha
discriminação
Seu nome era
evitado
Por toda
população
Não pode ser
dito em público
É tamanho o
palavrão
Vivia em volta
de fezes
Descarga de
gases e mau cheiro
Apanhava sem saber
o motivo
Não ganhava
nenhum dinheiro
Sob duas grandes
montanhas
No meio do
desfiladeiro
Isolado de tudo
e de todos
Dentro de uma
fenda profunda
Encoberto por
calcinhas
Enfiadas no meio
da bunda
Também é
devaneio
Da sua mente
infunda
Por morar no
fundo do vale
Sofria com o
calor
Suava a todo
instante
Ainda recebia um
cobertor
Ou fios que lhe
apertava
Causando grande
furor
As bundas eram
bem faladas
E também muito
importantes
Por todos eram
admiradas
Desejadas a todo
instante
Fruto de fome e
desejo
Formato
interessante
Um dia ele
decidiu
Se tornar um
vagabundo
Viajar por todo
corpo
Conhecer todo
seu mundo
Conhecer o
responsável
Investigaria bem
fundo
Verificou sua
saúde
Estava-se
revigorado
Começou pelo
intestino grosso
Depois passou
pelo o delgado
Feliz com a sua
jornada
Parecia um menino
empolgado
Depois foi na
vesícula
Pelo fígado e
pelos rins
Todos estavam
felizes
Não tinha nada
ruim
Conheceu todo o
estômago
Visitou o pulmão
enfim
Foi ao tórax e
as costas
A cabeça e o
pescoço
Visitou até o
escroto
Que tinha dois
belos caroços
Passou pelas
costelas
Conheceu todos
os ossos
Cada órgão que
visitava
Pra ele era uma
emoção
Nunca tinha
viajado
Nem feito
qualquer missão
Conheceu todo o
corpo
Até chegar ao
coração
Lá chegando sem
cerimônia
O encontrou
muito ocupado
Funcionando sem
parar
Para o sangue
ser bombeado
Partiu logo pra
cima
Pois estava
revoltado
Sem dar tempo de
defesa
E nem poder
ficar de pé
Atacou o coração
Com socos e
pontapés
Eram socos
violentos
Rasteiras e
cangapés
O órgão agressor
Falou sem
titubear
Cala-te senão te
mato
Agora vou te
falar
Qualquer
conversa fiada
Tu vai se
apaixonar
O coração muito
surpreso
Com aquela
agressão
Sem saber qual o
motivo
Questionou qual
a razão
Nem ao menos
conhecia
O autor daquela
confusão
Você é muito
fraco
Com seu lado
sentimental
Apega-se muito
fácil
Entrega-se no
total
Toda vez que se
apaixona
Sou eu que levo
pau
Assim fica
esclarecido
Toda aquela
confusão
Retornou bem
satisfeito
Para a sua
região
Feliz com o que
tinha feito
Estava cumprida
a sua missão.
AUTOR:
JOABNASCIMENTO
DATA: 27/05/15
Recanto das
Letras: JOABNASCIMENTO
Blog: joaobnascimento55.blogspot.com
Twitter:@ljoaobatista
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