Manoel Venceslau Leite De Barros
Aos
dezenove dias do mês
Ano
de mil novecentos e dezesseis
O
mês era dezembro
Manoel
de barros nascia
Trazendo
consigo a poesia
A
hora exata eu não lembro
Com
hum ano de idade
Mudou-se
pra outra cidade
Foi
morar em Corumbá
Na
região do pantanal
Viveu
no meio de curral
Deixava
a cidade de Cuiabá
Aquele
pequeno menino
Com
alcunha de “neguinho”
Precisava
estudar
Aos
oito anos de idade
Partiu
pra outra cidade
Para
o colégio se internar
Após
dez anos de internato
Com
os livros teve contato
Do
padre Antônio vieira
Partiu
para o rio de janeiro
Foi
comunista e grafiteiro
Quase
foi preso ao dar bobeira
Após
ter um monumento pichado
Um
livro que nunca foi publicado
O
livrou certa vez da prisão
A
dona da pensão o protegeu
Aos
policiais o livro ele deu
“nossa
senhora de minha escuridão”
Com
o seu idealismo
Aderiu
ao comunismo
Formou-se
em advocacia
Foi
membro da “juventude comunista”
Assim
de vez ele conquista
Tudo
aquilo que queria
Desde
os treze anos de idade
Já
demonstrava afinidade
Admirava
a poesia
Só
aos dezenove anos escreveu
O
primeiro poema seu
Para
o nosso prazer e alegria
O
primeiro livro publicado
“poemas
concebidos sem pecados”
Foi
feito artesanalmente
Esse
foi o ponto de partida
De
tantos outros em sua vida
Que
viriam naturalmente
“Não
assumir responsabilidade
Com
a prática da verdade
No
meio da literatura”
Com
seu rico material sensitivo
Usando
o seu arbítrio criativo
Fez
da poesia a sua arte pura
Do
comunismo se desligou
Quando
prestes o decepcionou
Após
dez anos de prisão
“Quando
o seu discurso escutei
Sentei
na calçada e chorei”
Foi
grande a decepção
Saiu
sem rumo desconsolado
Largou
tudo de lado
E
voltou para o pantanal
Dali
foi pra Bolívia e peru
Depois
saiu da América do Sul
Em Nova York fez uma pausa afinal
Passou
um ano estudando
Cinema
e pintura cursando
Reforçou
seu sentido de liberdade
Ao
voltar par o seu país
O
destino deus assim quis
Conheceu
o motivo da sua felicidade
Stella
o seu grande amor
Após
tres meses com ela casou
Viveram
sempre apaixonados
Pedro,
marta e João.
São
frutos dessa união
Filhos
por deus abençoados
Com
muitos prêmios conquistados
Sempre
viveu no anonimato
Por
sua culpa e opção
Depois
que Millôr o descobriu
Sua
fama logo emergiu
Popularidade
em toda a nação
Carlos
Drummond com bom motivo
Recusou
o epíteto de maior poeta vivo
Que
existia nessa nação
Em
prol do poeta Manoel
Pra
quem ele tirou o chapéu
Com
autoridade e razão
Foi
um poeta renomado
Seu
nome é considerado
Em
qualquer parte que for
Conhecido
nacionalmente
Suas
obras estão presentes
No
Brasil e no exterior
Entre
muitas homenagens
Enriqueceram
a sua bagagem
Com
prêmios que colecionou
São
tantos para falar
Os
maiores eu tenho que citar
Dois
prêmios jabuti ele ganhou
Estabeleceu-se
como fazendeiro
Da
propriedade que foi herdeiro
Do
seu velho genitor
Continuou
poetizando
Suas
obras sempre editando
Encantado
o seu leitor
O
homem parte a obra permanece
E
assim ele enriquece
De
uma forma genial
O
grande poeta partiu
Seu
legado ao povo serviu
Será
sempre um imortal
No
ano do seu centenário
É
justo, é extraordinário.
Esse
grande reconhecimento
Com
meu modo simples de falar
Estou
a lhe homenagear
Com
honraria no meu pensamento.
AUTOR:
JOABNASCIMENTO
DATA:
15/09/16
Recanto das
Letras: JOAOBNASCIMENTO
Blog: joaobnascimento55.blogspot.com
Twitter:@ljoaobatista
Camocim – Ceará
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